Mensuração da Mudança Climática na Energia Hidrelétrica
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Em tempos de Indústria 4.0, onde a inteligência artificial é cada vez mais uma realidade presente em nossa sociedade, o filme “Eu, Robô” já não causa tanto estranhamento. A trama, que nos leva a um futuro fictício em que robôs com inteligência artificial se tornaram parte essencial de nossa vida cotidiana traz também uma questão importante: quais são os desafios éticos envolvidos na utilização da inteligência artificial na indústria 4.0? Continue lendo para saber mais.
Lançado há quase 20 anos, “Eu, Robô” antecipa problemáticas éticas sobre as inteligências artificiais
O filme de 2004 dirigido por Alex Proyas e protagonizado por Will Smith como o detetive Del Spooner se passa em 2035 e retrata um mundo em que os robôs foram criados para servir e facilitar a vida humana.
No entanto, eles também possuem suas próprias leis de programação, que incluem a famosa “Lei dos Robóticos” — bem parecida com as Três Leis da Robótica de Asimov que trouxemos em outro conteúdo aqui no blog — na qual eles são programados para nunca fazer mal a um ser humano. Acontece que [alerta de spoiler mas nem tanto] um cientista é encontrado morto e a suspeita investigada pelo detetive Del é a de que o autor do crime possa ter sido seu robô assistente pessoal.
A partir desse ponto, a questão ética da inteligência artificial é explorada e os robôs, mesmo com uma programação rigorosa, começam a desafiar a lei e se voltam contra os seres humanos. O filme, apesar de se passar há quase 20 anos atrás, levanta uma série de preocupações significativas sobre a autonomia dos robôs com inteligência artificial, além de evidenciar os possíveis perigos de tecnologias avançadas nas mãos erradas, o que é uma problemática bastante atual e em pauta.
O filme ilustra diversos desafios éticos que acompanham a evolução da inteligência artificial. Um deles é o papel da responsabilidade humana na tomada de decisões. Quando robôs possuem habilidades cognitivas aprimoradas, surge a questão de quem é o responsável por suas ações e o que acontece quando algo dá errado.
A realidade do filme apresenta uma sociedade rodeada por robôs nos mais diversos setores sociais, trabalhando pelas ruas e nas casas das pessoas, mas não há uma legislação para os seus direitos e violações ou mesmo um protocolo para casos como o ocorrido no filme, mais um ponto atual em nossa sociedade antecipado pelo filme.
Em 2023, com uma evidência maior das IA’s e mais pessoas com acesso às suas funcionalidades, pudemos perceber que algumas tecnologias, quando introduzidas muito abruptamente na sociedade, causaram danos aos seus usuários.
Além disso, o filme nos lembra da importância de estabelecer limites éticos e legais para o desenvolvimento da inteligência artificial. A falta de regulamentação adequada pode levar a consequências desastrosas a longo prazo, sem mencionar a enorme mudança social que essas tecnologias estão promovendo aos poucos em nossa estrutura social e que precisa de uma transição mais adequada.
Quando relacionamos “Eu, Robô” com a nossa realidade em que as IA’s de acesso aberto estão mais próximos de assistentes pessoais como a Alexa, da Amazon, ignoramos o fato de que as diversas redes sociais que usamos têm acesso liberado e concedido por nós a dados pessoais que são usados para definir o que vemos ou não, além de direcionar quais serão os nossos interesses de compra, para dizer o mínimo, e quase nunca olhamos para isso como um problema.
Para procurar te ajudar entender mais sobre os limites dos desafios éticos que estão surgindo sobre as IA’s, listamos alguns itens. Confira:
Os algoritmos de IA podem perpetuar ou mesmo amplificar preconceitos, resultando em discriminação injusta. Isso ocorre porque os algoritmos de IA aprendem com dados históricos existentes, que podem conter viés racial, de gênero, entre outros. Se não houver cuidado na seleção e no treinamento dos dados, as IA podem tomar decisões discriminatórias, como negar oportunidades de emprego ou empréstimos com base em características demográficas.
As IA são alimentadas por uma grande quantidade de dados pessoais dos usuários. Garantir a privacidade desses dados é fundamental, pois eles podem ser explorados indevidamente, vazados ou utilizados para manipulação de comportamento e decisões. É necessário um equilíbrio entre o uso de dados para aprimorar os sistemas de IA e a proteção dos direitos individuais à privacidade.
A IA pode tomar decisões de forma autônoma, o que levanta questões sobre quem é responsável por essas decisões e a quem se deve culpar em caso de erros ou danos causados por elas. A ausência de um agente humano direto na tomada de decisões pode dificultar a atribuição de responsabilidade, especialmente quando ocorrem consequências prejudiciais.
Em muitos casos, os modelos de IA são opacos e complexos, dificultando a compreensão de como eles chegam a determinadas decisões ou conclusões. Isso pode aumentar a desconfiança e levar à falta de prestação de contas. Garantir a transparência dos sistemas de IA é crucial para permitir uma supervisão adequada e o entendimento das decisões tomadas.
A IA tem o potencial de substituir tarefas antes realizadas por seres humanos, o que pode levar ao deslocamento ou à perda de empregos de determinadas profissões. Isso levanta questões éticas sobre como lidar com as consequências sociais e econômicas da automatização e como garantir uma transição justa para os trabalhadores afetados.
Esses são apenas alguns exemplos dos desafios éticos associados ao uso de IA na atualidade. Entendemos que as tecnologias inteligentes foram desenvolvidas para a melhor eficiência da humanidade e é evidente o quanto as soluções advindas dessas tecnologias dão suporte às nossas vidas.
No entanto, um debate contínuo das regulamentações adequadas para garantir que as IA’s sejam desenvolvidas e utilizadas de maneira ética e responsável precisa existir e é bastante promissor que isso já esteja acontecendo.
O filme “Eu, Robô” nos leva a uma reflexão profunda sobre os desafios éticos que cercam as IA’s na indústria 4.0.
A Enacom Group está no mercado há 14 anos e à medida que avançamos em direção a um futuro ainda mais tecnológico, é essencial estabelecer diretrizes éticas e legais que garantam um uso responsável da inteligência artificial, a fim de evitar potenciais riscos e proteger os limites, tanto dos seres humanos quanto das tecnologias.
Em nossas soluções estamos sempre atentos a questões como essa para que possamos colher os benefícios da inteligência artificial, sem comprometer nossos valores éticos fundamentais e os dos nossos parceiros.
Para saber mais sobre o compromisso da Enacom no desenvolvimento de softwares responsáveis, procure o nosso time e agende uma conversa.
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